Notícias vindas da França são favoráveis a Macron que ampliou a vantagem sobre Le Pen nas intenções de voto para o segundo turno (55% x 45%), segundo pesquisas. A conferir no próximo final de semana. No Leste Europeu, depois do revés na região de Kiev e da mudança de estratégia, as tropas invasoras concentram-se na conquista de Mariopul. Chegaram a anunciar a conquista da cidade, mas ainda há resistência. A notícia de que a estrela da frota russa do Mar Negro, o “Moskva”, havia sido atingido por míssil ucraniano abalou ainda mais a imagem das forças armadas russas. Putin teria ficado furioso e tentou amenizar o efeito do ataque. Ao ser rebocado, o navio afundou. O fato, em si carregado de simbologia e inimaginável até ter acontecido, permanecerá nos registros do conflito como um grande trunfo da resistência ucraniana. O exército russo retaliou com o uso de bombas de fósforo branco contra regiões no território ucraniano, de alta capacidade incendiária e atingindo civis, o que pode ser enquadrado como crime de guerra.
Depois de pressão por estar fazendo corpo mole, a Alemanha decidiu aumentar substancialmente a ajuda econômica à Ucrânia, recursos que devem ser gastos na compra de equipamentos bélicos. A União Europeia ensaia novas sanções para a já combalida economia russa, cujo PIB deve encolher cerca de 10%. Segundo o Secretário Geral da ONU, António Guterres , “a guerra piorou a instabilidade e a desigualdade nos setores alimentício, energético e financeiro e agravou diretamente a vulnerabilidade social de 1,7 bilhões de pessoas em 36 países”. Como reflexo da crise, a inflação de 12 meses nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi de 7,7% em fevereiro.
No Brasil, a inflação dos alimentos disparou, chegando à marca de 20% no acumulado de 12 meses, como indica o estudo de professores do curso de economia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). Agravando a crise social, assistimos a três processos extremamente nefastos: o aumento impressionante do número de moradores de rua na capital e interior de São Paulo, fenômeno que deve estar ocorrendo também em outras regiões; o crescimento assustador do trabalho infantil e a manutenção do arrocho no salário mínimo, que fica pelo quarto ano seguido sem aumento real. Para a incerteza da indústria nacional, o governo ensaia a redução de tributos de produtos industrializados.
Depois de idas e voltas, o governo decidiu pelo reajuste de 5% para os servidores públicos federais. O reajuste linear para todas as categorias desagradou setores que esperavam índice maior, como os delegados da PF, que não hesitaram em criticar o governo, sentindo-se “desvalorizados”. Os militares, que já haviam abocanhado um aumento substancial por ocasião da reforma da previdência, forma igualmente contemplados com o reajuste de 5%.
Continua o movimento por parte do governo, comandado pelas raposas do Centrão, para abafar o escândalo da corrupção no MEC. Conseguiram que senadores retirassem o nome da lista de pedido da CPI para investigar a ação dos pastores, indicados por Bolsonaro, que cobravam propina em troca de liberação de verbas do Ministério. Até os minerais sabem que haviam assinado a lista com o único propósito de obter vantagens – e sabe lá quais – ao desistirem do pedido. Embora os registros indiquem que estiveram 35 vezes no Planalto, o presidente impôs sigilo sobre os encontros com os “pastores do MEC”. E por falar em escândalo, foram divulgadas novas informações sobre a compra superfaturada (420%) de kits de robótica liberados para prefeituras através de emendas parlamentares controladas por Lira.
Pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Poder Data indica que a diferença entre Lula e Bolsonaro caiu perigosamente para apenas 5%. No segundo turno, a vantagem do candidato do PT é de 9% (47% x 38%) e sua rejeição diminuiu 6%, de acordo com a mesma pesquisa.
A direção do PT aprovou, como previsto, a indicação de Alckmin para vice na chapa de Lula. Também foi aprovada a criação da Federação com o PC do B e o PV. Depois de ter sido vaiado em encontro de sindicalistas, Paulinho da Força cancelou o encontro do Solidariedade para manifestar apoio a Lula. Foi cortejado pelo Planalto, num senso de oportunidade. E Bolsonaro não gostou nem um pouco do acordo do WhatsApp com o TSE para limitar o número de mensagens enviadas simultaneamente neste ano eleitoral. Chamou os responsáveis pelo aplicativo para uma conversa.
Diante de indicadores relativamente baixos da pandemia e da tendência de queda da média móvel de mortes nas últimas semanas, o governo resolveu acabar com a emergência da Covid19 no país. Analistas consideraram a medida precipitada, levando em conta novos surtos da pandemia na China e nos Estados Unidos.