O cinema despertou meu interesse desde criança. Aos domingos, costumava ir com irmãos à matinê, sessão da tarde no Cine São José frequentado por crianças, adolescentes e casais de namorados. Repetia-se o filme passado na noite anterior, sessão geralmente frequentada por meus pais. Me lembro de os observar saindo de casa e mal podia esperar a manhã seguinte, quando minha mãe nos contava o enredo do filme a que assistiríamos na matinê. Dorothy Lamour, Ava Gardner, Silvana Mangano, Gary Cooper, entre outros atores e tantos personagens, passaram a habitar meu mundo de sonhos, distante da realidade do dia a dia, aquele projetado na tela do cinema. Nada se comparava às aventuras do Tarzan, o seriado protagonizado por Jhonny Weissmuller, cujos episódios eram apresentados depois do filme principal. Nos tempos de faculdade em São Paulo, no início dos anos setenta, passei a frequentar cinemas de arte, onde conheci os grandes mestres pelos quais continuo apaixonado: Visconti, De Sica, Fellini, Bergman, Pasolini, Antonioni, Truffaut, Resnais, Glauber, Nelson Pereira dos Santos, entre outros. Nesta parte do Blog revisito os filmes desses e de outros diretores que aprendi a admirar.